Atravessamos em um domingo à tarde um labirinto de estradas empoeiradas.
Areias vermelhas e mata-burros constantes.
Por quê?
Nos disseram que seguindo o Rio Pardo acima encontraríamos um rio muito diferente do que o conhecido por nós.
Conhecíamos o Rio Pardo curso de água, tímido, escondido entre pedras e propriedades particulares. O rio de lavadeiras
e meninos pescando peixes de três centímetros.
O rio de água barrenta e duvidosa, comprovadamente foco de esquistossomose.
Martirizado e ao mesmo tempo tão necessário.
Encontramos,
um mar de água doce que sumia no horizonte.
Refletia o céu, fazendo a curva no meio da mata e fugia para longe dos nossos olhos.
Decidimos que não era o mesmo rio. Ou era ele em outro estado de desenvolvimento.
Com pesar, dissemos a adeus às águas que nos alimentam
e retornamos pelas estradas de areias vermelhas.
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